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Curiosidades entre Regiões: Piemonte

Publicado em 19 de novembro de 2019
Atualizado em 10 de abril de 2023
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  • O Piemonte está localizado na parte noroeste da Itália, onde os Alpes formam uma bela paisagem ao fundo. A região produz muito além de vinhos famosos, é também conhecida pelas trufas e foi lá a origem da onda Slow Food, mais precisamente na cidade de Bra, na década de 80 por Carlo Petrini.

 

  • O Piemonte abriga 44 áreas classificadas como DOC, 18 classificadas como DOCG e não possui nenhuma região IGT (ou IGP). As tintas mais cultivadas são Nebbiolo, Barbera e Dolcetto, enquanto as brancas são Moscato e Cortese. Uvas internacionais, como Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, Syrah e Sauvignon Blanc são cultivadas há quase 40 anos, mas o uso é restrito de acordo com as leis locais.

 

  • No solo predomina marga (calcário + argila) e arenito, com porcentagens variadas de argila e areia. O clima é continental e os Alpes têm forte influência moderadora na temperatura ao produzir um efeito chamado “sombra de chuva” que ajuda a proteger os vinhedos contra ventos que vêm do norte e contra precipitações.

 

  • Os estilos de vinho do Piemonte variam muito: os tintos vão dos tânicos com alta acidez e com elevado potencial de guarda como os Barolos, aos elaborados com a uva Dolcetto, com taninos mais suaves, menor acidez e, geralmente, feitos para consumo imediato, sendo assim um vinho mais amigável e fácil de entender. A região mais famosa de produção de branco é Gavi, cuja uva exclusiva é a Cortese, que costuma originar vinho tranquilo leve e com alta acidez; espumantes e frisantes também são permitidos.

 

  • Um dos homens mais importantes do Piemonte é Angelo Gaja – personalidade mais famosa de Barbaresco -, que foi o primeiro produtor da região a exportar seus exemplares e começar a disseminação dos vinhos de vinhedos únicos de Barolo e Barbaresco, principalmente. No Brasil, os vinho Gaja são trazidos pela importadora Mistral. A produção de Gaja abrange várias áreas do Piemonte e até outras regiões italianas.

 

  • Para se adequar melhor ao mercado quanto ao preço e estilo dos vinhos, os tradicionais produtores piemonteses foram se adaptando ao longo do tempo a novas práticas. Como exemplo: trocaram o uso de barris de carvalhos grandes por mistura de barricas pequenas francesas e grandes, necessitando de menos tempo para o vinho ficar pronto, principalmente os Barolos. O aquecimento global também está sendo responsável por determinar o estilo dos vinhos, com uvas Nebbiolo mais amadurecidas, às vezes até excessivamente maduras.

 

  • A maior parte dos vinhos doces do mundo é branco. Essa região é uma das responsáveis por elaborar um vinho tinto diferente, o doce Barolo Chinato. Ele é feito com o vinho Barolo DOCG que recebe ervas e ingredientes aromatizantes, principalmente quinino. Esse vinho não recebe a classificação DOCG.

 

  • O Disciplinare dos vinhos do Piemonte estabelecem o envelhecimento mínimo para Barolos e Barbarescos. O Barolo deve ser envelhecido 38 meses e o Barolo Riserva, 62 meses, sendo que 18 meses deve ser em barricas de carvalho. Já o Barbaresco precisa envelhecer pelo menos 26 meses e o Riserva 50 meses. Ambos devem ficar 9 meses em barricas de carvalho.

 

  • Para quem gosta dos Barolos, os exemplares da safra 2016 serão lançados no mercado em breve, poderão ser vendidos a partir de 1º de Janeiro de 2020, de acordo com o Consorzio. Essa safra foi excepcional, como já era de se esperar. Os classificados como Riserva só estarão disponíveis a partir de Janeiro de 2022.

 

  • A DOCG Asti é amplamente conhecida pelos espumantes elaborados por meio do Método Asti, que consiste em uma fermentação que é interrompida, resultando em um espumante doce e, geralmente, com menor graduação alcoólica do que de costume. Porém, essa região produz outros tipos de vinhos, como espumante elaborado pelo Método Tradicional, vinho tranquilo Moscato d`Asti e Moscato d`Asti Vendemmia Tardiva, todos com a característica em comum de serem doces.

 

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