Região

Gevrey-Chambertin – Clos de Bèze

Publicado em 28 de março de 2023
Atualizado em 04 de abril de 2023
Tempo de Leitura 2 mins. de leitura
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Localizada a sudeste de Paris em uma distância de 2 horas, está uma das regiões vitivinícolas mais célebres do mundo, a Borgonha! Os quase 30 mil hectares de vinhedos representam 3% da viticultura comercial francesa e ali estão 84 AOC’s no total, ou seja, mais de 23% das AOC’s do país. A produção de vinhos brancos domina com 59% do total, com a uva Chardonnay reinando quase absoluta. A Borgonha é dividida em: Chablis & Grand Auxerrois, Côte d’Or (Côte de Nuits e Côte de Beaune), Côte Chalonnaise e Mâconnais. Dentro da Côte de Nuits está a comuna Gevrey-Chambertin e seus Premiers Crus e Grands Crus (como Clos de Bèze). É uma das mais importantes de toda a região da Borgonha e será nosso foco neste artigo.

Gevrey-Chambertin

Esta importante comuna (ou vilarejo) tornou-se AOC em 1936 e é a maior AOC da Côte d’Or. Por lá, são produzidos apenas tintos e, portanto, é uma das principais fontes de Pinot Noir na Borgonha.

Possui ao todo 26 Premiers Crus e 9 Grands Crus. Chambertin-Clos de Bèze é um dos Grands Crus, além deste, os demais são: Chambertin, Chapelle-Chambertin, Charmes-Chambertin, Griotte-Chambertin, Latricières-Chambertin, Mazis-Chambertin, Mazoyères-Chambertin e Ruchottes-Chambertin.

Clos de Bèze

Clos de Bèze é o segundo maior Grand Cru de Gevrey-Chambertin, com cerca de 14 hectares plantados (o maior é Charmes-Chambertin, com quase o dobro, aproximadamente, 27 ha).

A princípio, o ano de 640 d.C. foi quando Clos de Bèze apareceu pela primeira vez na história de Côte de Nuits, como uma propriedade monástica. Por curiosidade, Clos de Bèze pode ser chamado de Chambertin, mas não vice-versa.

Este Grand Cru tem uma encosta (moderada a suave) virada a nascente com muitas pequenas ondulações, sendo que algumas dessas colinas interrompem a concavidade da encosta, criando vários bolsões suaves. A variabilidade da topografia é provavelmente influenciada por uma colcha de retalhos de falhas e microfalhas abaixo da superfície. Isso garante solos variáveis que, portanto, é algo muito comum na Borgonha. 

Comparado ao Grand Cru Chambertin, Clos de Bèze é um pouco mais íngreme. Sua elevação é de 275 a 300 metros. É um local mais quente do que Chambertin porque este último tem influências de brisas frias.

Vinhos de Gevrey – Chambertin e Clos de Bèze

Os vinhos de Clos de Bèze, de forma geral, possuem aromas de morango, cassis, frutas vermelhas e pretas de caroço, alcaçuz, bem como de especiarias. Ainda podem aparecer notas florais (violeta) e de vegetação rasteira. No paladar é comum se mostrar um vinho encorpado, complexo e com textura aveludada. Saiba que o potencial de guarda costuma ser de, no mínimo, 10 anos.

Dicas de Vinhos:

Domaine Pierre Gelin Chambertin Clos de Bèze (Mistral)

Pierre Miot & Fils Gevrey-Chambertin Premier Cru “Les Combottes (Cellar Vinhos)

Pacalet Gevrey-Chambertin (World Wine)

Simplificamos a Borgonha!

A Borgonha é surpreendente desde o cenário até a concentração de alta gama de produtores. É, sem dúvidas, um tema complexo que precisa ser estudado com calma e dedicação. Contudo, simplificamos bastante e montamos 2 cursos on-line que explicam cada detalhe desta região incrível. 

Veja abaixo:

Borgonha parte 1

Borgonha parte 2

 



 



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