Borgonha – Côte d’Or
A Borgonha é fonte de inspiração para muitas regiões e produtores do mundo todo, desde Chablis, passando pela Côte d’Or e indo até o Mâconnais.
A valorização do lugar onde as vinhas estão faz parte da mentalidade da área há muitos e muitos anos. Enquanto boa parte do mundo olhava apenas técnicas de vinificação, a Borgonha olhava para a origem.
Afinal, o que vemos hoje? O mundo todo caminhando, portanto, para observar, estudar e mapear a origem, o solo, o clima e as melhores castas para estarem sob as condições do local.
A região está localizada na parte mais oriental da França, a 2 horas de Paris e 1h de Lyon.
O que a Borgonha tem de tão especial?
É a área do país francês com o maior número de AOC’s, devido às inúmeras particularidades de cada microrregião, são 84 no total.
O clima é classificado como semi-continental devido às influências oceânicas nas partes norte e sul. Estende-se por pouco mais de 225 km de norte a sul e, por isso, as diferenças climáticas são bem significativas entre as regiões. Chablis e Mâconnais, por exemplo, possuem climas e solos diferentes e isso impacta consideravelmente no estilo do Chardonnay produzido nessas duas áreas. Sendo o vinho de Chablis mais leve e com acidez mais vibrante, enquanto que o de Mâconnais mais potente e com menor acidez.
As principais uvas de toda a Borgonha são Chardonnay e Pinot Noir. Algumas áreas com predominância da uva branca e em outras a Pinot Noir domina.
Devido à formação geológica, houve um embaralhamento de camadas de solo que fizeram com que a Borgonha se tornasse um verdadeiro mosaico. Há solos diferentes em distâncias muito curtas, que ajudam a definir a grande variedade de vinhos possíveis de serem elaborados, mesmo tendo apenas 2 uvas como as principais.
Côte d’Or
A Côte d’Or – traduzida como Encosta de Ouro – é a principal área da Borgonha. Esta parte é dividida em 2: Côte de Nuits ao norte e Côte de Beaune ao sul.
A Côte de Nuits é uma escarpa com altitude média de 300 m, são cerca de 20 km entre Dijon e Corgoloin. Esta área é comumente conhecida como “Champs-Elysées de la Bourgogne”, devido às sub-regiões de “grife” que ali estão. Algumas bem conhecidas são: Gevrey-Chambertin, Chambolle-Musigny, Vougeot, bem como Vosne-Romanée. Na Côte de Nuits a produção de tintos com a uva Pinot Noir domina (com cerca de 89% da produção total).
Já a Côte de Beaune fica ao sul de Nuits e ao norte da Côte Chalonnaise. Os vinhedos ocupam uma estreita faixa que vão de Ladoix-Serrigny até Maranges. É também uma escarpa com a mesma altitude média da Côte de Nuits – 300 m. Já nesta parte há um equilíbrio entre a produção de brancos e tintos: cerca de 57% tintos e 43% brancos. As AOC’s mais conhecidas são: Pommard, Volnay, Meursault, Puligny-Montrachet e Chassagne-Montrachet.
São muitas belezas naturais na Borgonha para se admirar. Por isso, inúmeros passeios são oferecidos como: balão, bicicleta, além das visitas guiadas às vinícolas, casas de queijos, caça às trufas e muito mais!
Dicas de vinhos da Côte d’Or
Domaine Jean-Marc Boillot Puligny-Montrachet (Cellar Vinhos)
Philippe Pacalet Pommard (World Wine)
Domaine de Rochebin Bourgogne Pinot Noir (Zahil)
Simplificamos a Borgonha!
A Borgonha é surpreendente desde o cenário até a concentração de alta gama de produtores. É, sem dúvidas, um tema complexo que precisa ser estudado com calma e dedicação. Contudo, simplificamos bastante e montamos 2 cursos on-line que explicam cada detalhe desta região incrível.
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