Chenin Blanc
Quando o assunto é vinho branco em estilo seco, a Chenin Blanc tem tido crescente destaque. Justamente por sua personalidade forte e por ter uma acidez elevada, ela se apresenta como alternativa a outras uvas célebres na elaboração de vinhos incríveis. A sua versatilidade é marcante: ela consegue manter uma vivacidade mesmo em lugares mais quentes, onde muitas outras uvas perderiam essa característica. Nesse sentido, ela se aproxima um pouco da Chardonnay, que também pode variar enormemente de acordo com o local onde cresce as escolhas de vinificação.
Aromas e Sabores da Chenin Blanc
Não é fácil identificar um vinho de Chenin às cegas porque para além de aromas tipicamente cítricos. Ela pode alcançar muito mais complexidade com notas de pera, pêssego e de ervas, assim como de mel e, no caso de uma vinificação mais oxidativa, maçã madura. Os vinhos, de forma geral, terão alta acidez e corpo ligeiro, mas o que os torna muitas vezes intrigantes são justamente as sutilezas ao redor deste estilo básico: a acidez nem sempre é tão pronunciada, o corpo nem sempre tão leve, e os aromas podem ser menos conhecidos do que os de uvas clássicas.
Vale do Loire e África do Sul
O Vale do Loire é considerado o berço da Chenin, com vinhos espumantes, tranquilos, secos, com doçura média ou muito doces (como os botritizados) que podem alcançar grande estrutura e complexidade. Nomes como Savennières, Coteaux de l’Aubance, Vouvray, Montlouis-sur-Loire e Crémant de Loire são referências conhecidas do Loire. Entretanto, a nova “meca” desta uva tem sido a África do Sul (conhecida por lá como Steen), que já se tornou o maior produtor no mundo, e que tem investido cada vez mais em alta qualidade.
Os melhores exemplos sul-africanos vêm da região próxima de Cape, como Paarl e Stellenbosch, e de Swartland, mais a noroeste. É interessante guardar alguns nomes como referências! Em primeiro lugar, alguns cultivadores de Chenin Blanc de alta reputação, como Christa von La Chevallerie e Basie van Lill, que fornecem suas uvas a produtores da região. Depois, alguns produtores de destaque deste movimento, como Anthonij Rupert, DeMorgenzon, Mullineux & Leeu Family Wines, Raats, Reyneke e Stellenrust, só para citar alguns. Por fim, temos Rosa Kruger como personagem de destaque nesta tendência, com o seu “Old Vine Project” (OVP), um grande esforço de mapear as vinhas velhas da África do Sul, cujos rendimentos são mais limitados e resultam em vinhos de maior concentração.
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