Uva Syrah: saiba tudo sobre ela e seus aromas
A casta tinta Syrah está entre as 10 uvas mais plantada no mundo, e pode assumir estilos bem diferentes. Estas facetas dependerão não apenas das condições climáticas onde a uva cresce, mas também de decisões técnicas do produtor. O controle de alguns elementos químicos particularmente presentes no vinho de Syrah é o que dará o tom no estilo final. Acompanhe aqui sua leitura para saber tudo sobre a uva Syrah!
Aromas mais comuns encontrados na uva Syrah
Do ponto de vista químico, componentes como ésteres, tióis, ácidos e álcool estarão presentes no vinho de Syrah, trazendo aromas de frutas pretas e vermelhas, como amora, groselha preta, blueberry e cranberry. Da mesma forma, um composto orgânico chamado pirazina também estará presente, mesmo que nem tanto como, por exemplo, na Cabernet Sauvignon. A sua concentração diminui constantemente a partir do começo do amadurecimento. E está associada a aromas vegetais como pimentão e grama, mas também a outros como chocolate meio-amargo.
Há, porém, alguns outros elementos químicos cujas concentrações tendem a ser particularmente altas em vinhos de Syrah. Com isso, dependem de algumas medidas adotadas pelos produtores, podem trazer um caráter bastante distintivo a estes vinhos.
Um deles é a rotundona, um tipo de terpeno aromático que se encontra na casca da uva e aumenta à medida que a fruta amadurece. Sua concentração dependerá, portanto, do grau de amadurecimento. A rotundona é associada ao clássico aroma de pimenta preta da Syrah, mas também a outros aromas de ervas como alecrim, tomilho e orégano.
Um composto que não adiciona aroma frutado no vinho mas potencializa os já existentes
Outro composto é o sulfeto de dimetilo (DMS), que não adiciona aromas de frutas, mas está associado a uma potencialização delas, especificamente de amora e groselha preta. Entretanto, a peculiaridade do DMS é que, dependendo de sua concentração, ele pode estar associado a aromas desejáveis (como azeitona preta e trufas) ou indesejáveis (como repolho e esterco). A quantidade de DMS no vinho final pode ser controlada pelo produtor através de práticas como controle de nitrogênio durante a fermentação, controle de fermentação malolática para evitar bactérias nativas e evitar contato prolongado com borras.
É muito interessante confrontar vinhos feitos em locais diferentes, como Norte do Vale do Rhône com exemplares da América do Sul para entender as particularidades e as decisões técnicas de cada produtor.
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