Vinhos Italianos
À primeira vista, quando pensamos em vinhos clássicos do mundo, a França talvez é o primeiro país que vem à mente: Bordeaux! Borgonha! Porém, a Itália carrega alguns dos maiores clássicos que, inclusive, conseguimos fazer uma brincadeira com as primeiras letras do alfabeto: Amarone, Barolo e Chianti.
O ABC da Itália, uvas italianas e estilos de vinhos
Amarone
O Amarone é o poderoso vinho seco ou quase seco, de Valpolicella (Vêneto, no nordeste), feito com uvas que secaram em local adequado – appassimento. As uvas Corvina, Corvinone e Rondinella, principalmente, devem passar por um período de 100 a 120 dias de secagem, onde concentram compostos aromáticos, taninos, cor, acidez e açúcar. Os vinhos são alcoólicos – facilmente passam dos 15% – encorpados, com notas de frutas secas, da madeira, especiarias, taninos médios a altos e acidez alta, que equilibra com a complexidade, bem como com a estrutura do vinho.
Barolo
Por outro lado, o Barolo vem do noroeste, de uma pequena área no Piemonte. É um dos vinhos mais aclamados do mundo, no qual reina a uva Nebbiolo. Essa casta floresce cedo e amadurece tarde, fatores que deixam o ciclo longo e a torna suscetível às intempéries climáticas. Apesar da fama, os primeiros vinhos tintos tranquilos de Barolo eram difíceis de serem bebidos, muito tânicos e precisavam de envelhecimento longo. Em busca de produzir vinhos, digamos, mais fáceis de serem bebido, alguns produtores implantaram uma visão modernista. Para isso, passaram usar barricas de carvalho francês, realizar macerações (contato da casca com o líquido) mais curtas, entre outras táticas, cujo objetivo era tornar o vinho mais competitivo no mercado.
Atualmente, os estilos variam bastante de produtor para produtor. No entanto, todos devem obedecer às regras de tempo mínimo de envelhecimento: 38 meses para o Barolo e 62 para o Barolo Riserva.
Chianti
Por fim, vamos descer para o centro do país. Não podemos deixar de falar sobre Chianti, na Toscana, que abrange os arredores de Pisa, Florença e Siena. Saiba que o vinho elaborado majoritariamente com a Sangiovese já foi mal visto em suas garrafas envoltas em palha, mas conseguiu mostrar ao mundo a qualidade da casta e o potencial da região.
De forma geral, os vinhos costumam apresentar notas de cereja, ameixa, ervas, especiarias e floral. Corpo de médio a muito, alta acidez e taninos médios a altos. Os tempos de envelhecimento variam entre os distintos vinhos de Chianti, de 6 meses a 30 meses.
Além desses ícones, a Itália produz outros importantes vinhos, dentre tranquilos, espumantes, frisantes e fortificados, de norte a sul do país, que são repletos de diversidade de estilos, ao passo que muitas vezes essa diversidade ocorre dentro de uma única região.
Dicas de vinhos italianos:
Buglioni Amarone Della Valpolicella Classico DOCG Il Lussurioso
Barolo Ludo D.O.C.G. (Casa Flora)
Fattoria La Ripa Chianti Classico DOCG Riserva (Wine&Co)
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